Uma folha corta o vento em rodopios.
Parece-me bailarina tomada de eufóricas piruetas. Não resta tempo para curtir a
delicadeza do ar que te tomas nobre folha, pois de ti o sopro do vento muito
exige.
Sonhastes em deveras horas, flutuar leve
sob o esplendor solar, ou decair em suave pouso para saciar sua sede em tranquilas
águas e delas se banhar. Até sugeristes a vós, quem sabe um dia se ver repousando
sobre a grama ou voltando à gênese de onde vieste. No entanto, o sopro do vento
muito te exige...
E tomada pelo vento irás se deliciar do
horizonte velado, e das alturas contemplará a glória de um radiante dia, se
perderá nos sonetos breves dos pássaros a cada amanhecer, e diante da
majestosa noite serás apenas folha, simples e singela em tua unidade.
Finalmente retornando aos post dos contos da tempestade. E para retornar na melhor forma, ai está um texto novo que gostei muito de criar.
ResponderExcluirEspero que gostem.
Abs.